Classificação das Orações Subordinadas Substantivas
De acordo com a função que exerce no período, a oração
subordinada substantiva pode ser:
a) Subjetiva
É subjetiva quando exerce a função sintática de sujeito do verbo da oração principal. Observe:
É fundamental
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o seu comparecimento à reunião.
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Sujeito
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É fundamental
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que você
compareça à reunião.
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Oração
Principal
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Oração Subordinada Substantiva
Subjetiva
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Atenção:
Observe
que a oração subordinada substantiva pode ser substituída pelo pronome " isso". Assim, temos um
período simples:
É
fundamental isso ou Isso é fundamental.
Sujeito
Dessa
forma, a oração correspondente a "isso" exercerá a função de sujeito.
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Veja algumas estruturas típicas que ocorrem na oração
principal:
1- Verbos de ligação + predicativo, em construções do tipo:
É bom - É útil - É conveniente - É certo - Parece certo - É
claro - Está evidente - Está comprovado
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Por Exemplo:
É bom que você
compareça à minha festa.
2- Expressões na voz passiva, como:
Sabe-se - Soube-se - Conta-se - Diz-se - Comenta-se - É sabido
- Foi anunciado - Ficou provado
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Por Exemplo:
Sabe-se que Aline
não gosta de Pedro.
3-
Verbos como:
convir - cumprir - constar - admirar - importar - ocorrer -
acontecer
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Convém que não se
atrase na entrevista.
Obs.:
quando a oração subordinada substantiva é subjetiva, o verbo da oração
principal está
sempre
na 3ª. pessoa do singular.
b) Objetiva Direta
A oração subordinada substantiva objetiva
direta exerce função de objeto
direto do verbo
da oração principal.
Por Exemplo:
Todos
querem sua aprovação no vestibular.
Objeto Direto
Todos querem que você seja aprovado. (Todos querem isso)
Oração Principal Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta
Objeto Direto
Todos querem que você seja aprovado. (Todos querem isso)
Oração Principal Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta
As orações subordinadas substantivas objetivas diretas
desenvolvidas são iniciadas por:
1- Conjunções
integrantes "que" (às vezes elíptica) e "se":
Por Exemplo:
A
professora verificou se todos
alunos estavam presentes.
2-
Pronomes indefinidos que,
quem, qual, quanto (às
vezes regidos de preposição), nas interrogações indiretas:
Por Exemplo:
O pessoal
queria saber quem era o dono
do carro importado.
3- Advérbios como, quando, onde, por que, quão (às vezes regidos de preposição), nas
interrogações indiretas:
Por Exemplo:
Eu não sei por que ela fez isso.
Orações
Especiais
Com os
verbos deixar,
mandar, fazer (chamados
auxiliares causativos) e ver,
sentir, ouvir, perceber (chamados auxiliares sensitivos) ocorre um tipo
interessante de oração subordinada substantiva objetiva direta reduzida de
infinitivo. Observe:
Deixe-me
repousar. Mandei-os sair. Ouvi-o
gritar.
Nesses casos, as orações destacadas são todas objetivas diretas reduzidas de
infinitivo. E, o que é mais interesante, os pronomes oblíquos atuam todos
como sujeitos dos infinitivos verbais. Essa é a única situação da língua
portuguesa em que um pronome oblíquo pode atuar como sujeito. Para perceber
melhor o que ocorre, convém transformar as orações reduzidas em orações
desenvolvidas:
Deixe que eu repouse. Mandei que eles saíssem. Ouvi que ele gritava.
Nas orações desenvolvidas, os pronomes oblíquos foram substituídos pelas
formas retas correspondentes. É fácil compreender agora que se trata,
efetivamente, dos sujeitos das formas verbais das orações subordinadas.
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c) Objetiva Indireta
A oração subordinada substantiva objetiva
indireta atua como objeto indireto do verbo
da oração principal. Vem precedida de preposição.
Por Exemplo:
Meu pai
insiste em meu
estudo.
Objeto Indireto
Meu pai insiste em que eu estude. (Meu pai insiste nisso)
Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta
Objeto Indireto
Meu pai insiste em que eu estude. (Meu pai insiste nisso)
Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta
Obs.: em alguns casos, a preposição pode estar elíptica na
oração.
Por Exemplo:
Marta
não gosta (de) que a chamem de senhora.
Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta
Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta
d) Completiva Nominal
A oração subordinada substantiva completiva
nominal completa um nome que
pertence à oração principal e também vem marcada por preposição.
Por Exemplo:
Sentimos
orgulho de seu
comportamento.
Complemento Nominal
Sentimos orgulho de que você se comportou. (Sentimos orgulho disso.)
Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal
Complemento Nominal
Sentimos orgulho de que você se comportou. (Sentimos orgulho disso.)
Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal
Lembre-se:
Observe que as orações subordinadas substantivas objetivas indiretas integram o sentido de um verbo,enquanto que orações subordinadas
substantivas completivas
nominais integram
o sentido de um nome.Para
distinguir uma da outra, é necessário levar em conta o termo complementado.
Essa é, aliás, a diferença entre o objeto indireto e o complemento nominal: o
primeiro complementa um verbo, o segundo, um nome.
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e)
Predicativa
A oração subordinada substantiva predicativa exerce
papel de predicativo do sujeito do verbo
da oração principal e vem sempre depois do verbo ser.
Por Exemplo:
Nosso desejo era sua desistência.
Predicativo do Sujeito Nosso desejo era que ele desistisse. (Nosso desejo era isso.) Oração Subordinada Substantiva Predicativa
Obs.:
em certos casos, usa-se a preposição expletiva "de" para realce. Veja o exemplo:
A
impressão é de que não fui bem na prova.
f)
Apositiva
A oração
subordinada substantiva apositiva exerce função de aposto de algum
termo da oração principal.
Por Exemplo:
Fernanda tinha um grande sonho: a chegada do dia de seu casamento.
Aposto (Fernanda tinha um grande sonho: isso.) Fernanda tinha um grande sonho: que o dia do seu casamento chegasse. Oração Subordinada Substantiva Apositiva |
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